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Foto do escritorOlimpio Araujo Junior

Javier Milei promove uma revolução de direita na Argentina

A vitória de Javier Milei como presidente da Argentina pode significar a maior revolução em nosso continente já vista até hoje e marca um novo capítulo na história política do país desde o fim da junta militar que governou de 1976 a 1983.



Autointitulado libertário e anarcocapitalista, Milei derrotou o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, um peronista de esquerda apontado como um dos responsáveis pela crise do país.


Sua vitória também foi a derrota de um movimento político de esquerda chamado Peronismo, que surgiu na década de 1940 com o então presidente Juan Domingo Perón (1946-1955 e 1973-1974) e ocupou a Casa Rosada em 8 dos últimos 12 mandatos.


Juan Perón, em seu governo como presidente argentino, implantou um regime situado na confluência de aspectos do fascismo (legislação trabalhista, nacionalismo, catolicismo), do socialismo (manipulação da classe operária e trabalhadores urbanos subempregados, e dos trabalhadores do campo e liberdade de imprensa relativa), e da chamada democracia (com eleições e partidos políticos), unidas pelas estreitas relações com as Forças Armadas e com a Igreja Católica.


O resultado de décadas da esquerda no poder foi a ruína completa de um país que já foi um dos mais ricos e prósperos do mundo. Em todo esse período, como em todo regime de esquerda, universidades, o judiciário, os partidos políticos, o funcionalismo público e a imprensa foram aparelhados por militantes de diversos espectros esquerdistas, criando assim uma falsa oposição baseada no Teatro das Tesouras e dificultando a vitória de qualquer político que se posicionasse à direita.


Fonte: Poder 360


O mais próximo de um presidente de direita que se elegeu nos últimos anos foi Mauricio Macri, o primeiro não peronista a conseguir concluir o mandato. Porém, não conseguiu resolver em apenas quatro anos a crise, a dívida externa galopante, o aumento da pobreza e da inflação deixada pelos governos anteriores e, atacado pela imprensa militante, acabou não conseguindo se reeleger. Seu governo buscou se alinhar com parâmetros internacionais de competitividade na economia exigidos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e aplicou políticas liberais, mas não foi o suficiente para resolver uma crise sem precedentes.


Agora no poder, Javier Milei enfrenta os mesmos desafios. Precisa implantar uma política impopular em um país que atingiu 57,4% de pobreza e 254% de inflação, e com 3 meses no poder já enfrenta manifestações de sindicatos nas ruas, ataques da imprensa militante e acusações de seus antecessores de que a crise da Argentina é sua culpa.


Porém, o novo presidente tem enfrentado os desafios de maneira diferente de seus antecessores de direita. Apesar da forte oposição, Milei tem ao seu lado um forte apoio popular de pessoas que já entenderam que as políticas da esquerda apenas levam o país ao caos e à miséria. Tem também o apoio dos eleitores jovens, que a longo prazo serão os responsáveis pela mudança cultural e ideológica no país. Além disso, está promovendo uma revolução no governo, aplicando muitas das fórmulas de sucesso que também foram utilizadas no Brasil pelo Ministro Paulo Guedes.


Ao assumir o Governo, em seu discurso de posse, deixou claro que a economia da Argentina 'iria piorar no curto prazo com ajuste fiscal duro' mas melhoraria a partir das mudanças aplicadas na gestão pública e na economia.


Dito e feito, em apenas 3 meses o argentino reduziu cargos, diminuiu o número de ministérios, acabou com privilégios de políticos e funcionários públicos, reduziu radicalmente os gastos públicos e aumentou tributos, e o resultado foi que pela primeira vez em 12 anos a Argentina pode comemorar um superávit na economia.

O governo da Argentina registrou um superávit de aproximadamente US$ 589 milhões (quase 3 bilhões de reais), o que inclui o pagamento de juros da dívida pública. O anúncio veio na noite de sexta-feira, 16 de fevereiro.


Com mudanças concretas na economia e resultados rápidos, Milei ganhou até mesmo prestígio com a imprensa. Meios de comunicação da Argentina se dobraram a Javier Milei, e grandes conglomerados começaram a exaltar o trabalho do presidente.


Por outro lado, a imprensa brasileira continua buscando narrativas para atacar Milei, e apesar de suas publicações não influenciarem na opinião dos argentinos, elas podem influenciar no pensamento dos brasileiros. O objetivo é claro: convencer nossos eleitores de que eleger um presidente de direita pode ser um desastre e que a melhor saída é manter a esquerda no poder.


O sucesso de Milei pode significar a derrota definitiva da esquerda na Argentina, e um modelo a ser seguido em todo o continente, que já começa a expurgar presidentes de esquerda em diversos países. Milei foi eleito graças aos resultados e ao apoio de Bolsonaro, e agora pode ser decisivo para colocar Bolsonaro ou outro presidente apoiado por ele de volta ao poder.


ASSISTA O VÍDEO:



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